Páginas

segunda-feira, 18 de abril de 2016

“Autópsia de um Crime”, de Anthony Schaffer


“Autópsia de um Crime”, de Anthony Schaffer
Andrew Wyke, escritor milionário de policiais, e o jovem Milo Tindle têm algo em comum: a mulher de Andrew e amante de Tindle. Procurando a melhor forma de se livrar do casamento sem que isso lhe saia do bolso, em forma de pensão, Andrew propõe um negócio a Milo. Este simulará um assalto à casa e Andrew receberá da companhia de seguros o valor das joias roubadas. 
O problema é que, entre os dois, as coisas não correm pelo melhor e a única coisa em que cada um está interessado é em tramar o outro. A situação atinge rapidamente o nível do intolerável, degenerando as disputas entre Andrew e Milo numa guerra sem tréguas.

"Sleuth" é considerado um dos maiores thrillers teatrais, tendo ganho o Tony  para Melhor Peça e inspirado duas versões cinematográficas. 

Anthony Shaffer descreveu “Sleuth” como "o evento principal" e é, sem dúvida, a peça pela qual é mais conhecido. “Sleuth” é também a sua peça mais representada por companhias em todo o mundo e, mesmo passados quarenta anos, ainda chama a atenção do público. 
“Sleuth” estreou no Brighton Theatre Royal a 12 de janeiro de 1970 e, depois, passou para Oxford, Leeds e Eastbourne antes de estrear no teatro St Martin, em Londres, a 12 de fevereiro de 1970. Clifford Williams encenou. Mais tarde, foi transferida para o Garrick Theatre a 06 de março de 1973 depois de uma partida que correu mal, mas, que a longo prazo, ajudou a carreira da peça. Agatha Christie tinha dito a Shaffer que a sua peça “The Mousetrap” era "uma peça parva que ela queria que desaparecesse" Shaffer escreveu a frase numa placa e deixou-a fora do teatro onde estava  “The Moustrap”, isso levou a que “Sleuth” fosse tirado do St Martins Theatre e passado para o Garrick, que era um teatro maior. “Moustrap”, mudou-se para o St Martins no lugar de “Sleuth” e ficou lá desde então. Com o enorme sucesso no West End , não demorou muito até “Sleuth” passar para a Broadway. Estreou no National Theatre , em Washington e , em seguida, mudou-se para o Music Box Theatre na Broadway a 12 de Novembro de 1970 , onde esgotou até 13 de outubro de 1973 .
Shaffer disse a Mel Gussow do The New York Times em Novembro de 1970: "Os mistérios de Christie projectam uma imagem de Inglaterra, que morreu há 30 anos, uma sociedade estruturada fortemente em classes, tão snobe que o mordomo nunca “o” fez. Ele não era um gentleman. O assassinado, o assassino e o detective eram todos senhores - ou senhoras". E explica: "O mistério precisava de uma nova camada de tinta. Podemos contar qualquer história que quisermos com  mistério, até uma ideia complicada e difícil."
O crítico de teatro Clive Barnes escreveu a 13 de novembro de 1970 no The New York Times: "Tão inteligente como um vagão cheio de macacos a resolvr as palavras cruzadas do The Times de Londres e tão complicado como o labirinto de Hampton Court. É bom, puro, limpo e diversão sangrenta e eu recomendo muito cordialmente". Outros comentários foram igualmente rápidos a elogiar. "Sleuth é um dos melhores melodramas que eu já vi. Talvez seja o melhor ", escreveu John Chapman no New York Daily News. A peça de Shaffer não era apenas um dos melhores thrillers em palco de todos os tempos no West End e na Broadway, foi também o que lhe valeu o reconhecimento em por todo o lado

ANTHONY SHAFFER (1926/2001) 
Anthony Joshua Shaffer, dramaturgo, argumentista, romancista e publicitário. Naceu numa família judaica em Liverpool, filho de Reka e Jack Shaffer. Tem um irmão gemeo, o dramaturgo Peter Shaffer. Titou o curso de direito na Trinity College, Cambridge.
Entre as suas peças estão “The Savage Parade” (1963), “Sleuth” (1970), “Murderer” (1975), “Whodunnit” (1977), “Widow's Weeds” (1986) e “The Thing in the Wheelchair” (2001). Para o cinema escreveu “Frenzy” (1972) realizado por Alfred Hitchcock, “Sleuth” (1972) adaptado da sua própria peça, “The Wicker Man” (1973), “Murder on the Orient Express” (1974), “Death on the Nile” (1978), “Absolution” (1978), “Evil Under the Sun” (1982), “Appointment with Death” (1988), e “Sommersby” (1993)

Texto de Anthony Schaffer adaptado por Harold Pinter| Encenação e Tradução: Frederico Corado | com Frederico Corado e André Diogo | Concepção Cenográfica: Frederico Corado | Execução Cenográfica : Mário Júlio | Produção da Área de Serviço : Frederico Corado, Vânia Calado e Mário Júlio com a assistência de Florbela Silva e Carolina Viana | Assistente de Encenação: Carolina Viana | Direcção de Cena: Mário Júlio | Técnica : Miguel Sena | Desenho de Luz: Bruno Santos | Contra-Regra: Carolina Viana e Sara Margarida | Fotografia: Vitor Neno | Grafismo: Cátia Garcia| Caracterização: Ana Paula Raposo | Rigging : António Cordeiro (Tony Cordeiro) | Pintores: Carlos Baptista,  Fernando Dias e Vitor Santos | Montagem: Mário Júlio | Uma Produção da Área de Serviço com o Centro Cultural do Cartaxo e Câmara Municipal do Cartaxo

Agradecimentos: Lauro António | Maria Eduarda Colares | Filipe La Féria | Isabel Soares |Maria Barroso | Vânia Calado | José Raposo | Mário Júlio | Florbela Silva | Ana Parente | António Calado | Pedro Ribeiro | Carlos Cláudio | Marco Guerra | Helena Montez | Bruno Santos | Salomé Monteiro | Vera Paulos | António Cordeiro | Ana Paula Raposo | Carlos Feio 

Parceiros Institucionais: Câmara Municipal do Cartaxo | Centro Cultural do Cartaxo | Apoios: Casa das Peles | Sotinco | J.M.Fernandes - Vidreira e Aluminio | Negócio de Família | E.Nove | Tejo Rádio Jornal | Revista Dada | Jornal de Cá | Valor Local | Guia dos Teatros | JOM