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terça-feira, 5 de novembro de 2013

Retratos da "Nápoles Milionária" Nº4 | Pedro Lino (Peppe)


Retratos da "Nápoles Milionária" Nº4
Pedro Lino (Peppe)

Tiveste alguma experiência em teatro anteriormente ou é a primeira vez? 
Sim, já tive. Isto não é novo para mim. Digamos que há faço parte da "mobília" da casa. Participei no primeiro projeto da Área de Serviço, "Um marido Ideal" do grande Óscar Wilde, e no terceiro, "As Alegres Comadres de Windsor" de um dos mais célebres autores de sempre, William Shakespeare. Ambas as peças são muito bem escritas e muito complexas, o que nos intimidou um bocadinho. Mas não foi por isso que nós, atores amadores, não conseguimos fazer, reconhecendo os nossos limites. Temos um grupo de pessoas muito especial, desde atores, encenador, assistente de encenação, produção. Estas pessoas inspiram, porque não estão cá apenas por estar. Entregam-se de corpo e alma em prol deste projeto, em prol do Teatro.

O que te levou a participar nas Audições para “Nápoles Milionária”?
O mesmo que nos outros projetos, o amor e o respeito que tenho pelo Teatro. Nós em teatro, conseguimos uma entrega, uma abertura de nós próprios, que não conseguimos ter fora do palco. Faz-se coisas impensáveis em cima do palco, o que permite uma descoberta do nosso "eu" e do "eu" dos outros. 

Como têm sido esta experiência?
Esta experiência tem sido muito enriquecedora para mim. Tive sempre a oportunidade de trabalhar com pessoas diferentes, pessoas que andam cá com gosto. Isso, em Teatro, é muito bom. Podemos fazer aquilo que queremos e trabalhar com pessoas que sentem o mesmo que nós em relação ao Teatro. 

Fala-nos desta "Nápoles Milionária"?
A "Nápoles Milionária" é uma peça tão antiga mas ao mesmo tempo tão atual. Fala-nos de uma família que que se se separa durante a Segunda guerra Mundial, e daí derivam grandes problemas. A família desmorona-se por completo, desde o filho que começa a roubar pneus, a filha que arranja um namorado soldado dos Estados Unidos e a mãe que começa a fazer contrabando no mercado negro com o seu novo amante. Vivem tempos difíceis de crise e sentem na pele as suas consequências. Se quiserem saber mais , estaremos à vossa espera para descobrirem como é que esta confusão termina, dia 14, 15, 16 e 17, no Centro Cultural do Cartaxo.

Pensas que a peça será bem recebida pelo público do Cartaxo?
Claro que sim. As pessoas identificam-se com a peça. Sentem aquilo pelo que as personagens estão a passar. O povo do Cartaxo, como tem demonstrado nos últimos espetáculos da "Área de Serviço", tem sido muito cooperante, interessado e motivador. É bom partilhar com eles o que temos estado a ensaiar. Venham ao Teatro. Enriqueçam as vossas vidas.

De futuro, caso surgisse uma nova oportunidade de estar em palco, aceitarias?
Isso nem se pergunta. O Teatro é uma partilha. É partilhar com as pessoas o Teatro, partilhar o palco, as palavras, os sentimentos. 

Nápoles Milionária é uma peça de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado em cena no Centro Cultural do Cartaxo de 14 a 17 de Novembro numa produção Área de Serviço com a Mosaico e o apoio da Câmara Municipal do Cartaxo 
Foto de Vitor Neno (alterada)

Retratos da "Nápoles Milionária" Nº3 | Constança Lopes (Assunta)



Retratos da "Nápoles Milionária" Nº3
Constança Lopes (Assunta)

Tiveste alguma experiência em teatro anteriormente ou é a primeira vez? 
Apesar de já ter experiência em palco noutro tipo de área, no que toca ao teatro, a minha experiência foi com a peça "Um Marido Ideal" também encenada por Frederico Corado. Desde então que tenho continuado e que o meu gosto pelo teatro tem aumentado.

O que te levou a participar nas Audições para “Nápoles Milionária”?
Queria repetir as experiências que já tinha tido. Pretendia também aumentar a minha experiência e com ela ganhar alguns conhecimentos. Para além do gosto pelo teatro e pela arte de representar o convívio é muito agradável e apesar de estarmos a "trabalhar", temos também momentos de lazer.

Fala-nos da tua personagem.
A Assunta é uma jovem viúva com algumas dúvidas. Apesar de muito simpática, é muito histérica. A sua atitude apesar de inocente é muito inconveniente o que acaba por torná-la muito divertida. 

Como têm sido esta experiência?
Tem sido óptimo, era o tipo de personagem que eu sempre quis fazer. Apesar de tudo tem sido um desafio!

Fala-nos desta "Nápoles Milionária"?
Esta "Nápoles Milionária" acaba por retratar uma altura, que apesar de ser de guerra, se identifica muito com a situação actual do nosso país. Temos as situações morais e a lei da sobrevivência que parecem predominar. Mesmo tentando viver numa sociedade civilizada, tudo se torna mais difícil quando a escassez é muita.
Apesar de tudo, no fim tudo parece estabilizar.

Pensas que a peça será bem recebida pelo público do Cartaxo?
Creio que sim. Acho que o público de uma forma geral recebe bem este tipo de teatro, e sobretudo tendo em conta a altura em que vivemos acho que as pessoas querem ver sobretudo comédias. É também um grande conforto sabermos qual é o tipo de público, e que nos são pessoas carinhosas.

De futuro, caso surgisse uma nova oportunidade de estar em palco, aceitarias?
Aceitaria, sem dúvida. Se tiver oportunidade, vou continuar a fazê-lo!

Nápoles Milionária é uma peça de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado em cena no Centro Cultural do Cartaxo de 14 a 17 de Novembro numa produção Área de Serviço com a Mosaico e o apoio da Câmara Municipal do Cartaxo 
Foto de Vitor Neno (alterada) 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Retratos da "Nápoles Milionária" Nº2 | Mário Júlio (Brigadeiro Ciappa)


Retratos da "Nápoles Milionária" Nº2
Mário Júlio (Brigadeiro Ciappa)

Teve alguma experiência em teatro anteriormente ou é a primeira vez? 
Faço teatro amador desde 1973. Integrei o grupo de teatro universitário no Porto. O Teatro Amadores combate, no Cartaxo, o Kaspiadas, em Pontével. Fui formador no FAOJ (atualmente IPJ).

O que o levou a participar nas Audições para “Nápoles Milionária”?
Sei lá... no mínimo, faltam-me uns parafusos. No máximo, a adrelina do palco...


Fale-nos da sua personagem.
Sou um comandante da polícia do regime da Itália da II GG. Fascista, com visão das condições humanas (des)criadas pela Guerra e com o patriotismo necessário para «fechar os olhos» às atividades ilegais que a luta pela sobrevivência motiva. Tenho três filhos. Sou um tipo bem humorado que não tem outro remédio senão cumprir o «dever». Também não sou nenhum herói: tenho medo das bombas e fico à rasca ao confidenciar a um pai que vou prender o seu filho. 

Como têm sido esta experiência?
Estressante, naturalmente!!


Fale-nos desta "Nápoles Milionária"?
Acontece nos últimos anos da IIGG e no seu final. Uma família que se desenrasca com o contrabando, um jovem que se desenrasca roubando, uma jovem que se desenrasca flirtando os soldados americanos (tão bons que eles são, tão libertadores...). É o ridículo da americanização: os heróis são os vencedores. A perda de valores, a assimilação de costumes (da pastilha elástica à música, cinema e dança...). É uma crítica aos hábitos, à realidade da submissão, aos sonhos feitos de «ter».

Pensa que a peça será bem recebida pelo público do Cartaxo?
Claro: espero sobretudo que o público seja capaz de perceber que não estaremos perante umas asneiras e umas graçolas... espero que a crítica social seja devidamente entendida. 

De futuro, caso surgisse uma nova oportunidade de estar em palco, aceitaria?
Sei lá, esta ainda não acabou... e eu já estou aflito: porra para os textos!!

Nápoles Milionária é uma peça de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado em cena no Centro Cultural do Cartaxo de 14 a 17 de Novembro numa produção Área de Serviço com a Mosaico e o apoio da Câmara Municipal do Cartaxo 
Foto de Vitor Neno (alterada) 

Retratos da "Nápoles Milionária" Nº1 | Pedro Ouro (Mieze)


Retratos da "Nápoles Milionária" Nº1
Pedro Ouro (Mieze)

Tiveste alguma experiência em teatro anteriormente ou é a primeira vez? 
Sim, já tive várias experiências de palco, não só com a Área de Serviço e o teatro "As Alegres Comadres de Windsor" como também no curso de teatro da mesma; e várias outras realizadas pelo TAJE (Teatro Amador Juvenil Ereirense).


O que te levou a participar nas Audições para “Nápoles Milionária”?
O poder, de novo, participar num projecto com pessoas que partilham dos mesmos interesses que eu, como também o poder voltar a sentir o "bicho" do teatro que nos leva a querer ser mais do que nós mesmos.

Fala-nos da tua personagem.
Personagem simples, reservado, de muito pouco falatório, uma "sombra-cópia" do amigo Peppe. Gosta de beber e comer bem. Muitas vezes, mais no seu próprio mundo do que na realidade que o rodeia. 

Como têm sido esta experiência?
Simplesmente maravilhosa! O facto de estar a integrar uma actividade que adoro com o meu dia-a-dia fora de ensaios e do ambiente do grupo no teatro tem sido, claro, uma nova novidade que estou a gostar. Mais uma experiência que me faz ver e perceber que o cansaço de toda uma semana sai do corpo em só dois ensaios por semana! É uma questão de correr mesmo por gosto e trabalhar por isso mesmo.

Fala-nos desta "Nápoles Milionária"?
É uma peça bastante complexa. Os personagens ditos "principais" ou, mais precisamente, centrais, são muito elaborados. A peça, além de funcionar como crítica à sociedade napolitana no tempo da Segunda Grande Guerra, funciona como fotografia da mesma, quase como uma experiência para quem interpreta a peça. É muito de "extremos": somos debatidos com cenas altamente cómicas seguidas rapidamente de cenas dramáticas. Tudo isto é completado com falas que tratam temas que nos tocam, ou deveriam de tocar a todos nós; pessoas que somos. 

Pensas que a peça será bem recebida pelo público do Cartaxo?
Sim! O público cartaxeiro sabe valorizar o trabalho feito por todo o grupo e pelo esforço e dedicação que a Área de Serviço tem depositado na nossa terra.

De futuro, caso surgisse uma nova oportunidade de estar em palco, aceitarias?
Sim, sem dúvida alguma! Há coisas que nos fazem crescer e perceber o quanto se pode fazer de grande, por mais pequenos que sejamos. 

Nápoles Milionária é uma peça de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado em cena no Centro Cultural do Cartaxo de 14 a 17 de Novembro numa produção Área de Serviço com a Mosaico e o apoio da Câmara Municipal do Cartaxo 
Foto de Vitor Neno (alterada)

Nápoles Milionária | Ana Ribeiro



Ana Ribeiro interpreta Amália Jovine em "Nápoles Milionária" de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado que estreia dia 14 de Novembro de 2013 no Centro Cultural do Cartaxo numa produção da Área de Serviço.

Nápoles Milionária | Mário Júlio



Mário Júlio interpreta o papel de Brigadeiro Ciappa em "Nápoles Milionária" de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado que estreia dia 14 de Novembro de 2013 no Centro Cultural do Cartaxo numa produção da Área de Serviço.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

"Nápoles Milionária" quase a estrear


“Nápoles Milionária”
de Eduardo De Filippo
Encenação de Frederico Corado
Centro Cultural do Cartaxo

ESTREIA A 14 de NOVEMBRO


Já vão muito avançados os ensaios de “Nápoles Milionária” que irá estrear em Novembro no Centro Cultural do Cartaxo. 
Depois do grande sucesso que foi “Um Marido Ideal”, “O Crime de Aldeia Velha” e “As Alegres Comadres de Windsor”, a Área de Serviço vai levar à cena um novo espectáculo no Centro Cultural do Cartaxo. “Nápoles Milionária” é um dos grandes textos de Eduardo De Filippo aquele que é por muitos considerado o maior autor teatral italiano do século XX ao lado de Pirandello.
Este espectáculo será encenado por Frederico Corado, que encenou também as anteriores produções da Área de serviço no CCC, que se encheram de público entusiasta tendo sido necessário fazer sessões extras do que estava previsto, e juntaram elencos sempre compostos por elementos do Cartaxo e arredores, escolhidos em audições que superaram todas as expectativas. 
O espírito que acolhe estas produções é o do teatro comunitário que reúne um elenco composto por pessoas do Cartaxo e arredores, bem como vontades e a colaboração de empresas, lojistas e particulares na concepção destes espectáculos. O termo “teatro comunitário” aplica-se à performance teatral feita por, com e para uma determinada comunidade. Uma comunidade teatral tem como missão contribuir para o capital social de uma comunidade, na medida em que desenvolve as capacidades, o espírito comunitário e a sensibilidade artística de quem participa, seja como interveniente ou público. 

“Nápoles Milionária”, de Eduardo De Filippo.
Nápoles, 1942. A vida de uma família é estilhaçada pelas necessidades da guerra e as necessidades do mercado negro. Quando os empregos são escassos e os alimentos em falta, o que é que vem primeiro a moral ou o estômago?
A vida é difícil em Nápoles durante a Segunda Guerra Mundial, mas Amalia faz o seu melhor para manter a família à tona ao negociar no mercado negro. Amalia prospera enquanto Gennaro, seu marido cumpridor da lei é dado como morto. No entanto ele regressa inesperadamente para encontrar a sua esposa infiel, o filho um ladrão de carros, a sua filha grávida e a sua outra filha gravemente doente. Chocado com os efeitos da corrupção sobre sua família, Gennaro prepara-se para voltar a tomar o seu papel como chefe de família.
Um brilhante farsa e sátira social de Eduardo De Filippo. Uma genial comédia!


Com Luís Rosa Mendes, Ana Ribeiro, Vânia Calado, Pedro Cavaca, Sara Xavier, Constança Lopes, João Nunes, Mário Júlio, Vitor de Sousa, Pedro Lino, Pedro Ouro, Mauro Cebolo, Ana Rita Oliveira, Carolina Viana, Helena Montez, José Manuel Rodrigues, José de Sousa, Miguel Viegas, Mena Caetano, Sónia Mendão, Jeanine Steuve, Leónia Santos, Maria de Fátima Correia, Joana Santos, Maria Ramalho, Isabel Coelho, José Falagueira, Inês Pestana, Margarida Rafael, Susana de Sousa, Maria do Sameiro, Ana Marcelino, Teresa Duarte, Patrícia Silva, Júlia Pestana, Maria Turras,  Telma Lourenço, Luis Mirradinho, Araújo, Inês Coelho, Inês Nunes e Alexandre Amendoeira

Encenação: Frederico Corado | Concepção e Execução Cenográfica: Frederico Corado, Carlos Ouro e Mário Júlio | Produção CCC: Marco Guerra e Carlos Ouro | Produção Área de Serviço: Frederico Corado e Florbela Silva | Grafismo: Cátia Garcia | Assistente de Encenação: Florbela Silva, Rita Correia Alves, Carolina Viana e Miguel Viegas |  Direcção de Cena: Mário Júlio| Contra-Regra: Inês Pestana | Fotografia: Vitor Neno | Montagem: Mário Júlio e Vitor Lima| Uma Produção do Centro Cultural do Cartaxo, Área de Serviço, Mosaico e Entrar Em Palco

Apoios: Casa das Peles |Sotinco | Teatro Politeama | Revlon | JHonório | J.M.Fernandes - Vidreira e Aluminio | Água do Luso | Rodrigo Variações | Foto Cartaxo | Trifoto | Frifoto | Cesar Cordeiro Fotografia | Manel D'Água | Pastelaria Favorita | Quinta do Saraiva

Parceiros Media: Rádio Cartaxo, Rede Regional, Revista Dada, Teatral-mente Falando e Cultura de Borla

Facebook: https://www.facebook.com/NapolesMilionaria

Centro Cultural do Cartaxo
Rua 5 de Outubro | 2070-059 Cartaxo, Portugal
Teatro . M16
Bilhetes: 3,5€

Reservas: 243701600 [5ª a Sáb, 15h às 22h; Dom, 15h às 19h]
centroculturalcartaxo@gmail.com 

sábado, 26 de outubro de 2013

Nápoles Milionária | João Nunes



João Nunes interpreta Errico Settebellizze em "Nápoles Milionária" de Eduardo De Filippo, encenada por Frederico Corado que estreia dia 14 de Novembro de 2013 no Centro Cultural do Cartaxo numa produção da Área de Serviço.